Um caso assustador em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, tem levantado questionamentos sobre a responsabilidade dos tutores de animais e a segurança nas ruas da cidade. Uma criança de oito anos, Joaquim, foi atacada por um cachorro enquanto brincava na rua, resultando em ferimentos graves na cabeça e no braço. O menino precisou passar por cirurgias e ficou internado por quatro dias, sendo liberado em seguida para se recuperar em casa.

Imagens de câmeras de segurança mostram o momento exato em que o cachorro, que estava sozinho na rua, avança contra Joaquim, que cai ao chão e é atacado. Outras crianças que estavam por perto tentam ajudar, mas é um homem que corre até o local e consegue afastar o animal, evitando maiores danos.

A mãe de Joaquim, Bruna Aparecida da Silva, relatou ao g1 Paraná o desespero ao ver a situação do filho. Ela afirmou que, ao ver a cena, pensou que ele não sobreviveria, descrevendo a situação como “a pior da sua vida”. Este ataque, além de causar ferimentos físicos, gerou um grande trauma emocional na família.

Legislação e Responsabilidade dos Tutores

A legislação municipal de Foz do Iguaçu proíbe que cães circularem soltos nas ruas sem supervisão. No entanto, o que fazer quando o responsável por um animal não cumpre com esse dever? Segundo o delegado Geralvo Evangelista, o tutor do cachorro pode ser processado criminalmente por “omissão de cautela na guarda do animal”, com pena de até seis meses de prisão. Além disso, ele pode ser responsabilizado na esfera cível por danos à vítima.

A pergunta que fica é: até que ponto os tutores de animais devem ser responsabilizados quando seus cães, em vez de serem um companheiro, se tornam uma ameaça à segurança pública? Quando é que o descuido com o animal se transforma em negligência que pode custar vidas?

Foto: Redes Sociais

A Família de Joaquim e o Pedido de Atenção

A mãe de Joaquim fez um apelo a todos os tutores de cães e pais, alertando para o perigo de animais soltos nas ruas. “Meu filho vai ficar com sequelas e trauma. Por isso, peço que as mães e os donos de cachorros fiquem atentos”, declarou Bruna.

Este caso expõe não apenas a questão da segurança pública, mas também o impacto psicológico em crianças vítimas de ataques de animais. Embora o tutor do cachorro tenha se apresentado à polícia e assumido parte dos custos do tratamento, o que está sendo feito para garantir que incidentes como esse não se repitam?

O caso de Joaquim levanta questões fundamentais sobre a responsabilidade dos donos de animais e a necessidade de fiscalização mais rigorosa para evitar tragédias como essa.